BRASIL
Bolsonaro exalta big techs em evento do PL, critica Lula e diz que irá ‘às últimas consequências’ – PontoPoder

Em passagem por Fortaleza, por conta da edição deste ano do Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal, o ex-presidente Jair Bolsonaro discursou para apoiadores no Centro de Eventos do Ceará, nesta sexta-feira (30). Durante a fala, ele destacou a influência das grandes empresas de tecnologia no processo democrático, disparou críticas contra o Governo Lula e disse que vai insistir por uma suposta “liberdade”.
No início do discurso, Bolsonaro indicou a tecnologia como o fator que o elegeu em 2018. Erguendo um aparelho celular, ele disse que foi “graças a isso” que conquistou o posto de chefe do Palácio do Planalto naquela eleição. O fator, segundo ele, esteve aliado ao trabalho do seu filho, Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro.
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“Esse foi meu marqueteiro em 2018”, explanou, se referindo ao Carlos, que estava ao fundo do palco. “Por isso o sistema está tomando cuidado redobrado, quer censurar nossas comunicações. Quem mantém o monopólio consegue o poder. Bateu na trave para eles muitas vezes, quase conseguiram censurar”, discorreu em seguida.
Mais uma vez levantando o aparelho celular, ele reforçou uma suposta ideia de perseguição e incitou a participação de influenciadores: “Esse é o último obstáculo para nos calar, para impor uma ditadura, de fato, em nosso país. Todos temos a obrigação de lutar para que isso não venha acontecer”.
Críticas a Lula
Ao criticar a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele comparou com políticas públicas que teriam sido promovidas no tempo em que ficou no comando do Executivo federal. “Hoje vemos exatamente o contrário, dívidas, desgraça, roubos, roubo em cima dos aposentados e pensionistas do INSS”, acusou.
A administração federal, nas palavras de Bolsonaro, estaria mentindo: “Estamos ladeira abaixo na economia, até os ovos ultrapassaram a média de um real, o café está proibitivo, cervejinha subindo, picanha subiu. Ou seja, um governo que só mente”.
Derrotado na eleição de 2022 e inelegível até 2030 pela prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, Bolsonaro falou do seu apoio na eleição presidencial do próximo ano. “Vou anunciar alguém que conheça o Brasil, em especial com experiência, para que uma vez chegando saiba o que de fato fazer”, comentou.
Em outro momento do discurso, o político reforçou a ideia de defesa de uma alegada “libertação”. Conforme explicou, ela aconteceria “através do conhecimento” e “liberdade que ainda temos na internet”.
“Passou aqui os representantes do Google e da Meta. Estamos do lado certo, juntamente com as diretrizes da primeira emenda dos Estados Unidos”, exaltou, citando os convidados do evento do PL que o antecederam no palco. “Eu irei às últimas consequências, fazer o possível para que possamos, sim, ter liberdade”, completou.
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