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BRASIL

FAS fortalece protagonismo das mulheres indígenas em Marcha e Conferência Nacional em Brasília

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Com o compromisso de fortalecer as vozes da floresta em espaços de decisão, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) apoia a participação de lideranças femininas da Amazônia na 1ª Conferência Nacional e na IV Marcha das Mulheres Indígenas, que acontecem em Brasília entre os dias 2 e 8 de agosto.

As duas mobilizações, organizadas pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), em parceria com o Ministério dos Povos Indígenas e Ministério das Mulheres, devem reunir cerca de 5 mil mulheres indígenas de todas as regiões do país em uma agenda conjunta de debates, rodas de conversa, atos políticos e rituais. Sob o tema “Nosso corpo, nosso território: somos as guardiãs do planeta pela cura da terra”, o encontro fortalece a luta por direitos, equidade de gênero, justiça climática e defesa dos territórios.
Uma das organizações que apoia esta construção coletiva é a FAS, por meio do seu Programa de Protagonismo Indígena (PPI).

Com mais de 17 anos de atuação na promoção do desenvolvimento sustentável e da valorização de povos, aldeias comunidades tradicionais da Amazônia, a FAS participa da IV Marcha e Conferência em parceria com a União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB), contribuindo para a realização da Tenda das Mulheres Indígenas da Amazônia, um dos espaços de debates estratégicos do evento.

“A Conferência é um espaço inédito de escuta, formulação e fortalecimento das mulheres indígenas. É onde constroem soluções, denunciam injustiças e mostram que não há futuro possível sem seus corpos, territórios e saberes. Para a FAS, estar presente é reconhecer que não há justiça climática, nem desenvolvimento sustentável, sem a voz e o protagonismo dessas mulheres que mantêm a floresta viva”, afirmou Rosa dos Anjos, coordenadora do PPI e indígena do povo Mura.

Na Tenda das Mulheres Indígenas da Amazônia, a FAS contribui com a facilitação de rodas de conversa sobre três temas centrais: violência obstétrica, economia indígena e COP30. A discussão sobre violência obstétrica destaca os altos índices de abusos vivenciados por mulheres indígenas no parto. Já o tema da economia indígena propõe caminhos para fortalecer a autonomia das mulheres, valorizando práticas produtivas sustentáveis nos territórios. Por fim, a roda sobre a COP30 debate o papel das mulheres indígenas na conferência do clima que será realizada em Belém (PA), em 2025, e a importância de sua participação nos espaços de decisão sobre o futuro da floresta.

Além de contribuir com a programação da Tenda das Mulheres Indígenas da Amazônia, a FAS viabilizou a participação de cerca de 20 mulheres indígenas dos nove estados da Amazônia Legal e apoiou a logística de alojamento de algumas das representantes do Amazonas, garantindo a diversidade das vozes das mulheres indígenas amazônicas no evento.

A participação ativa das mulheres indígenas na IV Marcha e Conferência representa também uma resposta direta às múltiplas violências vividas nos territórios. “Quando a gente fala de mulheres indígenas, falamos de quem sente na pele as mudanças do clima, a falta de acesso à saúde, a violência sobre a terra e sobre o corpo. Estar aqui é garantir que nossas vozes não sejam ignoradas. E a FAS, ao apoiar nossa participação, fortalece a luta por territórios vivos, por justiça e por um futuro próspero”, finalizou Rosa.

A programação da IV Marcha das Mulheres Indígenas inclui atos políticos e mobilizações simbólicas em Brasília, com destaque para a caminhada até a Praça dos Três Poderes no dia 7 de agosto, quando será entregue ao Congresso Nacional a “Carta dos Corpos-Territórios em Defesa da Vida”, documento coletivo que reúne as principais reivindicações das mulheres indígenas em defesa dos seus direitos, de seus territórios e da vida.

Sobre a FAS 
A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sua missão é contribuir para a conservação do bioma, para a melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia e valorização da floresta em pé e de sua biodiversidade. Com 17 anos de atuação, a instituição tem números de destaque, como o aumento de 202% na renda média de milhares famílias beneficiadas e a queda de 39% no desmatamento em áreas atendidas.

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