BRASIL
Fernanda Torres ressalta que ‘Ainda Estou Aqui’ apresenta o melhor do Brasil ao mundo: ‘Afetividade e calor humano’ – Verso

A atriz Fernanda Torres segue celebrando o Oscar de ‘Melhor Filme Internacional’ conquistado por ‘Ainda Estou Aqui’. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta segunda-feira (3), a atriz celebrou, para além do prêmio, a representatividade do longa de Walter Salles para o país, que viveu um verdadeiro “clima de Copa do Mundo”.
“Eu me senti, pelo menos, eu acho que todos nós, como representantes do Brasil no mundo. E acho que esse filme apresenta ao mundo o melhor que o Brasil tem, que é uma afetividade, um calor humano, um estar no mundo”, evidenciou.
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Ao lado do diretor do longa e do ator Selton Mello, Fernanda refletiu também sobre a relação da produção com a mãe, Fernanda Montenegro – que interpreta Eunice Paiva na fase idosa.
“Eu gosto de pensar que esse filme foi feito por duas crianças, que era o Marcelo Rubens Paiva e o Walter, que estavam naquela casa e que sofreram por tabela uma violência de Estado e que, décadas depois, criaram algo para que nunca aquela história fosse esquecida. Então, eu me sinto assim também com relação à mamãe. Eu acho que de certa forma, eu levo o legado da minha mãe adiante e fico pensando nas crianças que estão vivas hoje. Que filmes eles farão daqui a 50 anos sobre a nossa resistência hoje ao autoritarismo, aos movimentos antidemocráticos, à anti-cultura? Então, eu acho que é um filme sobre transmissão e sobre resistência ao longo do tempo”
De óculos escuros, ela ainda brincou sobre o que vai fazer nos próximos dias, após a longa campanha pelo Oscar. “Eu estou com vergonha do meu olho. São duas bolas. A gente está igual a maratonista do fim daquela Olimpíada chegando assim, feliz da vida… Mas eu vou dormir.”
Legenda:
Foto:
‘Ainda Estou Aqui’ conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional
Reprodução/TV Globo
‘PÚBLICO BRASILEIRO É COAUTOR’
Por sua vez, Walter Salles enfatizou que o filme é o resultado de como ele foi abraçado pelas pessoas, repercutindo a história mundialmente. Para o diretor, o “público brasileiro é coautor” da produção.
“A cultura brasileira, a música brasileira, a literatura brasileira, a partir do livro extraordinário do Marcelo e que de alguma forma acabam se misturando com a cultura que está sendo feita agora no carnaval brasileiro. Essa cultura popular, potente. E tudo isso, uma coisa só. Quando a gente saiu e viu as imagens da rua, a gente ficou completamente apaixonado por isso. E a emoção à flor da pele”, salientou Salles.
Intérprete de Rubens Paiva, Selton Mello fez questão também de reforçar o quanto viveu na produção do filme uma “experiência maravilhosa”. “Eu acho que isso transcendeu, passou, pulou da tela e toca o coração das pessoas, porque é uma história de família no final das contas.”
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