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Manaus e Região

Universidade lança mestrado com foco em soluções para endemias na Amazônia

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Programa de pós-graduação da Nilton Lins busca formar profissionais qualificados na área de Saúde e Inovação

A Universidade Nilton Lins inaugurou, nesta segunda-feira (18/08), o inédito Mestrado em Saúde e Inovação destinado à qualificação de docentes e egressos de cursos de graduação na área da saúde. O programa de pós-graduação se insere na área interdisciplinar da CAPES e terá duas linhas de pesquisa: endemias e saúde pública na Amazônia e inovação tecnológica aplicada neste campo.

Segundo a reitora da Universidade Nilton Lins, Gisélle Lins, a proposta responde à velocidade dos avanços científicos e à necessidade de alinhar a universidade às tendências globais.

“O papel da universidade é estar sempre próximo a tudo que está sendo colocado, o que o mundo está trazendo [de tecnologia e inovação], e hoje a velocidade dos avanços científicos gera uma ansiedade significativa. Então, estarmos começando na Nilton Lins um curso de mestrado como esse, sem dúvida nenhuma, já é inovação”, afirmou.

A primeira turma, composta por sete alunos matriculados, foi selecionada a partir de um processo rigoroso e concorrido. O programa recebeu grande procura por ser gratuito e por focar em uma área ainda pouco explorada na região. Entre os mestrandos, estão docentes da própria universidade e egressos de cursos como Biomedicina, Enfermagem e Odontologia.

De acordo com a vice-reitora para Projetos de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação da universidade, Cleuciliz Santana, essa característica evidencia o impacto da iniciativa.

“Esse mestrado oferecido pela Universidade Nilton Lins é destinado exatamente à qualificação tanto para docentes quanto para alunos egressos dos cursos de graduação. Teve uma procura bem alta durante as inscrições [entre maio e junho] para o processo seletivo por não cobrar mensalidade e ser de uma área inovadora”, destacou.

Ainda conforme Cleuciliz, a Nilton Lins lançará um novo edital em outubro oferecendo 20 vagas para a turma de 2026. O objetivo é reforçar a expansão do programa.

O coordenador do Mestrado em Saúde e Inovação, professor Salomão Rocha Martim, ressalta que a meta vai além da formação acadêmica. Também buscam soluções práticas para os desafios da região.

“Esse mestrado tem o objetivo de formar recursos humanos para resolver questões endêmicas aqui na Amazônia. Formar profissionais qualificados para desenvolver produtos, processos e bioprodutos para realmente melhorar a qualidade de vida da população amazonense. Produtos obtidos aqui na Amazônia vão ter capacidade de ser adequados e utilizados em outras regiões do Brasil e do mundo”, explicou.

ABERTURA

A aula magna de abertura do mestrado ocorreu no auditório Giovanna Figliuolo da Universidade Nilton Lins, nesta segunda-feira à tarde, e foi ministrada pela professora Dra. Fernanda Guilhon Simplicio, docente da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Ufam e diretora de Gestão da Inovação da Protec/Ufam. Para ela, a iniciativa preenche uma lacuna importante na ciência brasileira.

“Precisamos de mais pessoas capacitadas neste campo de Saúde e Inovação. Nós já sabemos a importância da saúde, isso é indiscutível, mas hoje em dia tem sido cada vez mais discutido a necessidade de se inovar nesta área. Isso é necessário para prestar o melhor serviço possível para a população. Houve alguns avanços, mas ainda temos muito a caminhar. Iniciativas como essa do mestrado da Nilton Lins são muito importantes nesse sentido”, disse.

E conforme Fernanda, embora a inovação seja inerente à pesquisa, o Brasil ainda carece de uma cultura de inovação sólida direcionada para resolver problemas reais da sociedade e não apenas para fins acadêmicos. Ela acredita que o novo programa de pós-graduação da Nilton Lins vai contribuir para a independência científica e tecnológica do país.

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