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Em cúpula simultânea à Assembleia da ONU, FAS defende colaboração entre continentes para desenvolvimento amazônico – FAS

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Em cúpula simultânea à Assembleia da ONU, FAS defende colaboração entre continentes para desenvolvimento amazônico - FAS

A Cúpula Anual da Concordia é um dos eventos mais importantes em nível internacional, reunindo chefes de Estado, líderes sêniores do setor privado, cientistas e Organizações Não Governamentais (ONGs) para discutir soluções inovadoras, rumo a um futuro mais sustentável. Realizada nesta quarta-feira, 24 de setembro, de forma simultânea à 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (EUA), o encontro tratou de várias pautas sobre “Economia e Comércio Global”, “Democracia, Segurança e Riscos Geopolíticos”, “Energia, Meio Ambiente e Transição” e outros temas.

Nesse contexto, a superintendente geral adjunta da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Valcléia Lima, avalia que tanto a América Latina, quanto o Sudeste Asiático possuem capital natural em abundância, mas também enfrentam vários desafios frente às mudanças climáticas. Ela defendeu a colaboração entre atores públicos de ambos os continentes.

“Temos uma oportunidade única de aprender uns com os outros. No caso da Amazônia, temos experiências de inclusão social e de pagamento por serviços ambientais que podem inspirar. Por outro lado, países asiáticos avançaram em soluções tecnológicas e integração regional”, explicou.

Durante sua fala, um dos pontos levantados foi a importância do acesso à bioeconomia para pequenos negócios. Lima explica que um dos entraves é a necessidade de capacitação técnica e crédito financeiro para a viabilização do açaí, castanha, pescado e turismo de base comunitária (TBC).

“Temos exemplos de programas em que governos, empresas e sociedade civil se uniram para viabilizar projetos de conservação com geração de renda. Essa combinação promove tanto desenvolvimento econômico quanto preservação ambiental”, acrescenta.

Há 17 anos, a FAS desenvolve ações e projetos junto ao poder público, iniciativa privada e populações tradicionais (indígenas, quilombolas e ribeirinhos) em vários territórios da Amazônia.

Um deles é o Programa Bolsa Floresta (PBF), que se consolidou como um dos maiores programas de pagamento por serviços ambientais do mundo, ajudando a reduzir a desigualdade social para milhares de famílias e tornando comunitários como os verdadeiros protagonistas na conservação da floresta em pé.

“O setor privado tem um papel decisivo. Quando direciona recursos para projetos de alto impacto socioambiental, não apenas acelera as metas nacionais, mas também fortalece a governança climática. É preciso investir em iniciativas que gerem benefícios locais, que valorizem as comunidades. Isso cria confiança e atrai novos parceiros”, acrescenta.

Lima finalizou acrescentando a importância de diminuir o uso de modelos de economia excludentes e de combustíveis fósseis, substituindo-os pela bioeconomia, as energias renováveis e soluções baseadas na natureza (do inglês, Nature-based Solutions – NbS). Tudo em parceria com as populações da floresta.

“Precisamos garantir desde o início que os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e comunidades tradicionais sejam reconhecidos e incluídos. E que os projetos estejam vinculados a um desenvolvimento sustentável mais amplo, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, finalizou.

 

Sobre a FAS

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sua missão é contribuir para a conservação do bioma, a melhoria da qualidade de vida das populações amazônicas e a valorização da floresta em pé e de sua biodiversidade. Com 17 anos de atuação, a instituição apresenta resultados expressivos, como o aumento de 202% na renda média de milhares de famílias beneficiadas e a redução de 39% no desmatamento em áreas atendidas.

 

Créditos de imagem: Giulia Galebe/FAS


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